E esse tal de Twitter, hein?

Muita gente próxima a mim tem me ouvido falar bastante sobre Twitter, Mídias Sociais, Redes Sociais… afinal, porque todo esse interesse?

Antes de mais nada, quero deixar claro que não se trata de deslumbre e que não acredito em panacéias. Muito menos em modismos…

E será que estamos diante de um modismo? Será que o destino de Twitter e Facebook será o mesmo do Second Life? Ou será que a “moda” veio para ficar?
Isso ninguém sabe.

Uma coisa, porém, é certa: tem um ingrediente aí que não vai sair de cena nunca: o ser humano. E seus comportamentos, seus vícios, seus defeitos e suas virtudes…
E esse existe há milênios, assim como as redes sociais…

Então qual a novidade?

Pois é… se as redes sociais sempre existiram, qual é a novidade?
Uma das colocações mais interessantes é da Martha Gabriel, que usou um termo interessante: “o colapso do tempo e do espaço”.

Sim, isso que a Internet trouxe de novo! Poderíamos temperar a sua colocação citando também uma considerável aniquilação dos custos [da comunicação instantânea e independente de distância].

Com todos esses componentes em mãos, muita gente correu para criar uma nova onda de Redes Sociais, que podemos até chamar de “Redes Sociais 2.0”. Sites, produtos, marcas e tecnologias foram e continuam sendo criados para explorar esse campo ainda em fase de amadurecimento.

Fonte: https://www.rushprnews.com/press/wp-content/2009/03/socialmedia.jpg

Na realidade, a impressão que dá é que a única novidade são os meios, agora muito mais eficientes.

Só isso mudou?!

Nas últimas décadas, talvez desde a Revolução Industrial, as pessoas vêm cultivando valores bastante materialistas. Aumentar a produtividade, otimizar processos, reduzir custos, aumentar vendas. São ações com cara de empresa, com cara de máquina, com cara de número. Todo espaço é tomado por diretrizes que nos tornam parte de uma empresa, de uma corporação, de uma economia nacional ou global. Tudo sem rosto.

Quando duas pessoas que estudaram no colégio se encontram após 10 ou 20 anos e perguntam sobre um amigo comum, a resposta costuma ser “Ele está bem, está na empresa X”. “Ele casou?”. “Não sei.”.

Notaram o ser humano em segundo plano?

Com a parafernália das “Redes Sociais 2.0”, as pessoas começaram a deixar o seu lado “ser humano” aflorar um pouco mais. Começaram a falar mais sobre si mesmas. “What are you doing? ”, nos pergunta o Twitter. Mais do que seguidos ou seguidores, as pessoas começaram a se conectar. Saber mais da vida do outro. Como pessoas, mostrando seu rosto!

Este “conectar-se” está fazendo a diferença. As pessoas estão saindo da toca, estão retomando amizades e criando novos relacionamentos, estão voltando a se falar.

“So what?”

Que impacto isso tem em sua carreira e em sua empresa?

Quando os comportamentos sofrem alguma mudança, esteja pelo menos atento. Isso pode te impactar. E costuma impactar positivamente quem os acompanha e negativamente quem fica parado.

“Estar conectado” muda a forma de fazer as coisas. Um consumidor conectado é mais seguro e mais poderoso. Se ele consome um produto e aprova, ele recomenda. Se ele se frusta, ele impede que os amigos cometam o mesmo “erro” com 3 vezes mais força.

78% das pessoas consideram as recomendações de amigos como a forma de publicidade mais confiável. E isso hoje está mais fácil, pois “estamos conectados”.

Você compra um carro sem antes acessar todos os sites dos carros da categoria? E um computador? Você compra sem ligar para aquele seu amigo que é da área? Por experiência própria: meus amigos não! ;)

A propaganda tradicional, no estilo “Compre X, é muito melhor”, está perdendo força. Os consumidores querem ouvir isso de amigos, de influenciadores, de pessoas que eles “seguem no Twitter”. [Note que quando cito o Twitter, leia-se qualquer ferramenta que permita conexões entre indivíduos].

É uma boa razão para “fazer parte”, não? Tanto como consumidor quanto como fornecedor. Porque os fornecedores hoje precisam ser bem avaliados. Precisam ter uma boa imagem na “Rede”. Precisam ter um canal para ouvir os clientes (canal de verdade, não URA’s com musiquinha e atendentes substituíveis por máquinas).

Conclusão

Viva!
O ser humano está retomando seu valor. As pessoas farão cada vez mais a diferença.
Claro que processos e tecnologias continuam sendo extremamente importantes para isso acontecer, afinal o grau de complexidade que o mundo moderno tem exige isso. Só que o importante (e que me deixa feliz) é que o foco está voltando para o ser humano, e que as ferramentas serão cada vez mais utilizadas para satisfazer as necessidades humanas.

Conectemo-nos! :)

Se quiser começar agora: https://twitter.com/lucianopalma

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