Novos Números de Malware da Microsoft

Atualizando as informações do relatório anterior (que eu comentei aqui), a Microsoft divulgou um novo relatório analisando as estatísticas coletadas sobre malware e spyware na Internet. Estes dados são coletados pela Ferramenta de Remoção de Software Malicioso, que é executada todo mês em aproximadamente 270 milhões de máquinas que se atualizam via Windows Update e WSUS, e pelos usuários do Windows Defender que optaram participar da SpyNet.

O relatório vale a pena ser lido inteiro, mas eu destacaria estes pontos:

¦ Os números mostram uma notável redução na remoção da maioria dos tipos de malware, em especial os backdoor/trojan e os rootkits, o que parece endossar a minha tese de que estamos movendo de uma era de ataques de "chance" em massa para uma nova era de ataques direcionados.

¦ Outro ponto interessante é que os relatos da morte dos virus de arquivo foram exagerados. Os números saltaram de praticamente zero para quase 600 mil desinfecções, graças a inclusão na ferramenta do virus Win32/Parite.  Este é um virus cuja variante original data de 2001 e parece surpreendente que ele ainda exista em tão grande escala na Internet. Uma análise mais detalhada mostra no entanto que 70% das máquinas infectadas pelo virus estão concentradas na China, Coréia e Turquia, o que indica que uma enorme quantidade de sistemas sem antivirus nestes mercados.

¦ O Brasil respondeu por somente 2% do número absoluto computadores infectados, e se normalizarmos pela quantidade de execuções (levando em conta o número de execuções da ferramenta em cada país) o número cai para pouco menos de 2%, bem abaixo dos 4.2% que seria esperado de média nos 24 idiomas. É um número excelente e um dos melhores do mundo, o que parece indicar que as iniciativas locais de proteção estão surtindo efeito. Vale lembrar que a ferramenta de remoção agora inclui o Win32/Bancos, o principal tipo de trojans de fraudes financeiras usado no país.

¦ Se isolarmos somente os bots, o Brasil responde por 2.6% normalizados das infecções, de novo abaixo dos 4.2% da média por idioma e bem melhor por exemplo do que os Estados Unidos.

Em resumo, o céu não está caindo, e ao contrário parece estar melhorando bastante. Vamos ver como vai ser no ano que vem com a entrada do Windows Vista.

(via blog do Ferfon)

UPDATE: Larry Seltzer defende a mesma tese na eWeek.